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Humor fadista

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*Galo Fanhoso* 

Comprei um Galo Fanhoso
Com as penas amarelas
Era um bicho curioso
Que não dava galadelas...
Dum lado... tinha uma pata encolhida
Do outro... tinha a pata mais comprida 

Refrão
O meu Galo Fanhoso, vejam só
Faz óróóó
Faz óróóó
Maldito galo que até mete dó
Faz óróóó
Faz óróóó

Teve uma galinha bela
Que tinha dois pintos novos
Mandou-a p'ra cabidela
P'ra ser ele a pôr os ovos...
Agora, cá o Zé é que se lixa
Nem sei se o galo é bicho, ou se é bicha

Gravado na música do fado *Pode ser saudade*
Autor da música: Jorge Fernando

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Bom Tremelique

Chama-se Bom Tremelique
O restaurante mais chique
Da minha cidade amada...
Neste solar português
Uma dose dá p´ra três
Se dois... não comerem nada

Há rissóis de camarão
Há croquetes de vitela... servidos com aparato
Mão de vaca sem ter mão
Há arroz de cabidela.... feito com sangue de pato

Língua de boi sofredor
Coelhinho à sacador
E bife à moda da casa...
Temos leitão da Bairrada
E temos uma pomada
Que nos põe de grão na asa

Ovos moles ou mexidos
Pescadinha da graúda.... com o rabo na boquinha
Temos carapaus cozidos
E temos uma miúda.... que faz coisas na cozinha

Excelente linguado
Com molho de berbigão
Tudo feito com ternura...
E como prato afamado
Temos o tal salpicão
Com o bom grelo à mistura

Sobremesas variadas
Bananas e marmeladas... sempre servido a preceito
É tudo à moda do Porto
E se a coisa der pró torto... há solha a torto e a direito

*Fado da Foz*

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*Fado cultura*

Sou um tipo muito culto... cheio de filosofia
Até parece um insulto... eu não ter Academia

Andei dez anos na escola
E depois de muito estudo... fui corrido ao bofetão
Pois esta minha carola
Estilo melão tronchudo... tem areia até mais não 

Refrão
Sou Burro, mas bonitinho
E um pouco envergonhado
Se tivesse um bom padrinho
Podia ser deputado...
Sou Burro, mas lá no fundo
Sou um Burro diferente
E só não sou mister mundo
Porque sou muito doente

D.Diniz, o Lavrador... foi Rei e fez um pinhal
Eu como sou bem melhor... vou fazer um areal

E se a coisa der pró torto
Mandarei fazer no Porto... um império de nabais
Vou ás universidades
E também ás faculdades... que têm nabos a mais

Dezembro 2001

Escrito para a música do fado
*Oh tempo volta p'ra trás*

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*O xaile da mamã dela* 

O xaile da mamã dela
Que tinha sido d'avó
Está tão velho e tão fatela
Parece um pano do pó

Diz meu filho a toda a hora... Com uma certa piada
Ó pai, deita o xaile fora... Porque não presta p'ra nada

Com as franjas numa fôna
E cheiinhas de cotão
É conhecido na zona
P'lo xaile do cotão bom

Essa relíquia lá anda... P'los quatro cantos da casa
Cheira a môfo que tresanda... E põe-me os nervos em brasa

A ambição redentora
Que a minh'alma ambiciona
É mandar o xaile embora
Juntamente com a dona

Versão humorística de:
*O xaile de minha mãe*

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*O Camões e o Carvalho*

Discordo, que me falem no Camões
Pois não há comparações
Entre o Camões e o Carvalho...
Camões, tinha um olho avariado
Quanto a mim, estou arranjado
Nem com três olhos me valho

Não sou perfeito... nem sequer sou escritor
E para meu mal maior... Não mexo nem uma palha
 
Só tenho jeito... p'ra fazer o que está feito
Porém, se não me endireito
Não há Camões que me valha

Refrão
E com o bolso vazio... Sem dinheiro nem tabaco
Vou andar ó tio ó tio... Vai ser de partir o caco
Mesmo que as dores de cabeça... Me consumam e maltratem
Desde que não me apeteça... Não morro nem que me matem

Agora, que a preguiça me devora
Já toda a família chora
Com um desgosto profundo...
E ás vezes, até criam ilusões
De me trocar p'lo Camões
Que já está no outro mundo

Ninguém entende... Esta maneira de ser
E só me pretendem ver ... Quando tenho alguns tostões
De qualquer jeito... Com defeito ou sem defeito
Os meus amigos do peito... Que vão falar c'o Camões

Música do fado: Recordações do passado 
Frederico de Brito

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*As promoções*

Mas que grande promoção... Fizeram lá no mercado
Vejam como as coisas são
Por dez quilos de feijão... Dão-nos um chispe rapado

Dão uma escova dos dentes... A quem comprar dez panquecas
E p'ra nos verem contentes
Dão um conjunto de pentes... Na compra dumas cuecas

Dão senhas p'ró carrossel... A quem comprar caramelos
E por dez quilos de mel
Dão dois rolos de papel... Ou um jogo de martelos

Dão-nos farinha de pau... Na compra duma vassoura
Na compra do colorau
Dão caras de bacalhau... Já com sabor a cenoura

Na compra dum televisor...Dão-nos uma ventoinha
Dá p'ra matar o calor
Ou, se necessário fôr... P'ra arrefecer a coisinha

São tão bons que até nos dão... Tudo o que nos apeteça
E os preços, pois então
Não oferecem discussão... E dão-nos dores de cabeça

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*Complicações*

Arranjei um novo amor... Que só me trouxe sarilhos
Era linda, sim senhor... Mas tinha catorze filhos...
P'ra meu desgosto profundo... Ao saber, fiquei doente
Eles tinham vindo ao mundo... Cada um de pai diferente

Ai ó larilólé
Ai ó larilólé
Vou mandar todos de frosque
Nem que seja a pontapé

A coisa ficou pior... Quando quis pô-la a mexer
Diz ela, tem calma amor... Tenho algo p'ra te dizer
P'ra que confies em mim... Eu juro p'lo sangue meu
Nosso amor não terá fim... Pois espero um filho teu

Agora lá no barraco... Somos mais que muita gente
E é de partir o caco... Quando toca a dar ao dente
Uns querem comer Santola... Outros só querem Salmão
Eu passo-me da carola... E há Lagosta á descrição

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*Sede na Ribeira* 

Tinto verde ou verde tinto... Verde branco ou carrascão
Por ser piela distinto... Bebo Lagosta e Gatão

Se a pomada for porreira... Bebo um litro de repente
Água? nem por brincadeira... Leite? tirai-mo da frente

Bebo champanhe do francês... Quando esgoto o Asti Gancia
Whisky do escocês... Esse vai sempre á ganância

Se a dose for bem medida... Até me torna mais leve
E o que se leva da vida... É somente o que se bebe 

Gosto bem dumas pielas
Não falto a nenhuma prova
Gosto da ginja com elas
P´ra ser de caixão à cova...
Beber para divertir
A qualquer um sabe bem
Você não se esteja a rir
Que não engana ninguém

Bebo maduro da Meda... Bebo Borba e Monsaraz
Não há nada que não beba... Com excepção da água rás

Bebo Ponte de Amarante... Também bebo Aldeia Velha
E quando ando badante... Vai refresco de groselha

Bebo Rosé e Sumol... E até bebo Vila Faia
Ao tomar banhos de sol... Bebo refrescos na praia

Beber por gosto não cansa... Sigam pois os meus conselhos
Quando lhes doer a pança... Bebam Águas Carvalhelhos

Este tema está gravado por: *Zé Carvalho*
Escrito para a música do fado *Sol da Ribeira*
Autor da música: Carlos Alberto França

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JOSÉ FERNANDES CASTRO
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