*Minha razão
de vida*
Minha filha meu poema Meu doce tema... d'inspiração Amor por mim inventado Musa dum fado...
feito paixão... Meu pedacinho de vida Com olhos lindos... da côr do céu Minha roseira florida Prémio que a
vida... me ofereceu
Minha filha minha amada Minha alvorada... de encantamento Meu respirar de alegria Meu
novo dia... meu novo alento... Tens no rosto tal beleza Que à natureza... fazes ciúme Tens perfil de terna flor
E o teu amor... é meu perfume
Meu quadro d'amor sublime Por ti se exprime... meu coração Meu sonho realizado
Fado cantado... com devoção... Meu sol de cada manhã Meu talismã... minha verdade Poema mais que desperto
Caminho aberto... p'rá felicidade
* Setembro de todos os anos * Gravado por: José
Fernandes Castro Música *Fado Jaime Santos*
*O vento do meu amor*
O vento sopra feliz... e docemente
Sempre que te vê passar... no meu desejo P'ra que possas decifrar... num longo beijo Os segredos que te diz...
naturalmente
Quantas vezes meu amor... minha quimera Sem que dês conta do vento... nem das horas O vento planta
uma flor... de primavera No jardim do pensamento... aonde moras
A flor cresce lentamente... e radiosa Ao
compasso da idade... pioneira Tornando a voz da saudade... mensageira Mais pura, mais envolvente... mais formosa
E
quando a saudade parte... tristemente Para não mais regressar... ao meu jardim O vento volta a soprar... alegremente
No amor que quero dar-te... até ao fim
* Outubro 1999 *
*Minha filha, meu poema*
Minha
filha meu poema... Alma da minha verdade Minha inspiração suprema... Minha doce felicidade
Meu pedacinho de vida...
Com olhos da côr do céu Minha roseira florida... Prémio que a vida me deu
Minha filha, minha flor... Mundo por
mim inventado Gerada pelo calor... Dum amor alimentado
Tu és a força suprema... Que meu coração invade Minha
filha meu poema... Alma da minha verdade
* Setembro de todos os anos *
*O nosso amanhecer*
Eterno é o amor, alimentado e louco
Que faz de nós os dois, um ser quase perfeito Eterno é o calor, que quando sabe a pouco Reserva p´ra depois, um
sonho a nosso jeito
Eterno é o prazer dum beijo com poesia Rimando sedução com promessas reais O nosso amanhecer
tem outra fantasia Quando o sol da paixão nos queima, até demais
Eterna é a certeza, alucinante e altiva Do
quanto nos queremos, em nome da verdade Eterna é a nobreza, e a imagem viva De tudo o que fazemos, em prol da felicidade
* Setembro 2002 *
*Malhoa*
Malhoa
pintou o fado... Com as cores da saudade Num belo e singelo quadro... Que nos lembra eternidade
Malhoa pintou
também... Com as cores do seu agrado O sorriso duma mãe... Embalando o filho amado
Malhoa teve o condão... Que da
memória não sai De pintar um coração... E dar-lhe perfil de pai
Malhoa só não pintou... A minha felicidade Porque
sua mão parou... Bem antes da minha idade
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